segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Conhece um escritor - ALICE VIEIRA


Alice Vieira

Tem mais de 70 livros publicados. Quem ainda não leu "Rosa, minha irmã Rosa"? Esta obra vendeu cerca de 2 milhões de exemplares.

Envia as tuas perguntas até dia 3 de Fevereiro!

Alguns dados biográficos:
Nasceu em Lisboa, 1942. É uma escritora e jornalista portuguesa. Licenciou-se em Filologia Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas dedicou-se desde cedo ao jornalismo, tendo trabalhado nos jornais "Diário de Lisboa" (onde, juntamente com o jornalista Mário Castrim, dirigiu o suplemento "Juvenil") "Diário de Notícias" Actualmente trabalha para o "Jornal de Notícias" e para as revistas "Activa" e "Audácia" Também trabalhou em vários programas de televisão para crianças e é considerada uma das mais importantes autoras portuguesas de literatura infanto-juvenil.
As suas obras foram traduzidas para várias línguas, como o alemão, o búlgaro, o basco, o castelhano, o galego, o francês, o húngaro, o holandês, o russo e o servo-croata.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CONHECE UM ESCRITOR



Mais um desafio para quem quiser agarrar: conhecer um escritor e visitar o seu local de trabalho. Em que se inspira um escritor para construir as histórias e personagens? O que faz quando tem de escrever e não lhe apetece? Quanto tempo demora a escrever um livro? O que sente quando vê o seu livro à venda? Pensa o que gostarias de perguntar a um escritor. Participa sozinho, com amigos ou com a tua turma, desde que frequentem o Ensino Básico (1.º ao 9.º anos de escolaridade).

Como participar

Os leitores e turmas devem enviar as perguntas que gostavam de ver respondidas pelo escritor do mês para escritoresjunior@impresa.pt . Todos os meses serão seleccionadas as três perguntas mais originais e os seus autores (se tratar de um grupo ou turma, irá apenas um representante) farão pessoalmente uma entrevista ao escritor. A entrevista será realizada, sempre que possível, na sua casa ou no local onde costuma trabalhar e será publicada na nossa revista.
Outra forma de participação poderá ser através de vídeos com dramatizações, recontos e textos biobibliográficos, com o máximo de 800 caracteres, sobre o trabalho e vida do autor do mês. Estes trabalhos serão escolhidos e publicados aqui no site.
Não se esqueçam de colocar o nome, morada e contacto telefónico.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Morreu o pintor moçambicano MALANGATANA



O pintor moçambicano, de 74 anos, estava internado há vários dias no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. O artista, que pintava pessoas e a vivência moçambicana, morreu esta madrugada, vítima de doença prolongada. A morte de Malangantana é lamentada pela comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Além de pintor, Malangatana era um escultor, contador de histórias, dinamizador cultural, poeta e ator, que começou a dedicar-se às artes quando o arquiteto português Pancho Guedes lhe cedeu uma garagem para atelier.

Representado em várias coleções públicas e privadas, Malangatana expôs em conjunto ou em nome individual em Moçambique, África do Sul, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Portugal.


RTP, 05-01-2011


MOMENTOS


É com muito orgulho que cito a referência que se segue, retirada do blogue http://projectopne.blogspot.com:

Momentos auspiciosos
Uma nova e excelente revista será o anúncio de um ano auspicioso para a imprensa escolar? Ainda é, claro, muito cedo para o saber, mas esperemos que sim. Para já, importa elogiar devidamente a magnífica Momentos, que assinala os vinte e cinco anos da Escola EB 2,3 de Prado. Os textos são muito interessantes e o grafismo é um luxo. A equipa da biblioteca que dirigiu, coordenou e concebeu graficamente esta publicação - Helena Rodrigues, Rosa Xavier, Eduarda Ribeiro, Manuel Monteiro e Nuno Almeida -, assim como os seus colaboradores e todo o Agrupamento Vertical de Escolas de Prado estão, pois, de parabéns.

Eduardo Jorge Madureira

NATAL / ANO NOVO


Estamos no início de um novo ano! E que tal experimentar esta receita, do poeta brasileiro CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE?

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Texto extraído do “Jornal do Brasil”, Dezembro/1997.


Natal

Chove. É dia de Natal

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.


E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

(25 de Dezembro de 1930)