segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A IMPLANTAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICAPORTUGUESA 5/10/1910

A IMPLANTAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICAPORTUGUESA 5/10/1910 
 A CRISE E A QUEDA DA MONARQUIA CONSTITUCIONAL 

Nos finais do século XIX, sentia-se em Portugal os efeitos da crise económico-financeira que atingiu a Europa na década de 1890, e que se traduziu na falência de bancos e de empresas, no aumento da dívida pública e na desvalorização da moeda. 

O ULTIMATO INGLÊS E O DESCRÉDITO NA MONARQUIA 

Além desta conjuntura económica pouco favorável para a Monarquia, o Ultimato inglês (1890), que pôs fim ao projeto do “mapa cor-de-rosa”, provocou um grande descontentamento no seio da população portuguesa. Esta situação foi, inevitavelmente, aproveitada pelo Partido Republicano, que foi conseguindo novos adeptos. Em 31 de janeiro de 1891, no Porto, os defensores do republicanismo tentaram, sem sucesso, derrubar a monarquia e implantar a República. 

O REGICÌDIO À REVOLUÇÃO 

Com o intuito de reunir esforços para resolver a crise que se vivia em Portugal, o rei D. Carlos chamou, para o governo, João Franco, que viria a governar de forma ditatorial. Todavia, esta alternativa política, bem como os elevados gastos da família real aumentaram o descontentamento da população e o sentimento de descrença na Monarquia portuguesa. Em consequência, o nosso país apresentava uma balança comercial deficitária, recorrendo ao aumento de impostos e ao pedido de empréstimos para cumprir com o pagamento das dívidas.
Com efeito, não tardou que o descontentamento político e social fosse crescente, espelhado pelas greves e manifestações que se multiplicavam pelo país. No dia 5 de outubro de 1910 triunfou uma revolução, preparada por um grupo de oficiais, sargentos e civis organizados em torno da Carbonária. A República foi proclamada por José Relvas na varanda da Câmara Municipal de Lisboa.