Como uma fórmula que
se junta,
bate,
adiciona,
mistura,
unta,
polvilha
numa viagem de
teimosas vagas de guloseimas decoradas com vocábulos saltitantes....
Sem querer, as letras
em palavras desnudam um traçar de riscos que defrontam uma borracha pesada e
desata na fuga de um qualquer monstro enrodilhado...
E eis que dos livros,
das histórias deambulam sarilhos, sustos, demónios, mesinhas, pós e...
Era uma vez...
Um projeto que se
sentou na secretaria e estreou o delinear de um arrazoado de ideias num traço
singular e saiu à janela...
Logo que encontrou uma
breve história de encantar e teimosamente se debateu com a intemporalidade...
Era uma vez um
Pinóquio de nariz intrujão de ponta encarnada...
Uma Alice no país das maravilhas!
E também havia o João
que era um grande Ratão!
E com ele uma grande
senhorinha,
a conhecida
Carochinha!
Era uma vez uma
princesa bela adormecida,
tão bela com longos cabelos de rosto rosado e risonho...
Era uma vez um
príncipe e uma gata borralheira...
E no emaranhado do
universo fabular
de histórias e
personagens de encantar...
de um Torga
acutilante que faz desfilar animais
tão engraçados e
imbuídos de gracilidade humana
nos Bichos...
e as epopeias
lendárias que convocam heróis: Ulisses, Eneias, Hércules e deuses...
estes a cotejar tempestades guerras, céus, mares...
Era uma vez “Leituras
que unem”
que no seu devir deslumbrado
despontou “(Re)ler e multiplicar leituras”
E então sucede o surpreendente
caso...
Era uma vez alunos em Prado
que se formaram em grandes ledores
E no final...
Era uma vez a leitura
A multiplicar leitores...