REGICÍDIO
(Morte do Rei D. Carlos I)
“ O Princípio do Fim da Monarquia
Portuguesa”
1 de fevereiro de 1908
O assassinato do rei D. Carlos e
do Príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, foi o prenúncio do fim da monarquia em
Portugal.
Os problemas de descrédito na
monarquia vinham já desde o Ultimato Inglês, em 1890, a crise financeira e os
adiantamentos à Casa Real. A decisão do rei
D. Carlos, em Maio de 1907, de manter João Franco como chefe de governo, em
forma de ditadura, quando este perdeu a maioria nas câmaras do parlamento (a
Câmara dos Deputados e a Câmara dos Pares), foi contestada por todos os
partidos, com exceção, obviamente, do de João Franco. Durante meses, o rei foi
violentamente atacado na imprensa.
A família real regressa a Lisboa
depois de uma temporada de caça em Vila Viçosa. O Rei D. Carlos tinha acabado
de assinar no Alentejo a sua sentença de morte. Apesar do ambiente de grande
tensão e contestação à monarquia, o Rei decide atravessar o Terreiro do Paço
num landau aberto e com uma pequena escolta. Entre a multidão encontravam-se
atiradores da Carbonária (uma sociedade secreta defensora dos ideais
republicanos), pronta para matar D. Carlos.
Com efeito, o regicídio de 1908 teve
um profundo impacto, pois os republicanos ganhavam cada vez mais força. Neste
ambiente de instabilidade e tensões, sobe ao trono D. Manuel II, jovem e
inexperiente. Com falta
de preparação para governar, teve muitas dificuldades para manter a ordem no
país e em conter a fúria republicana.
A monarquia
estava assim já muito fragilizada e dois anos depois é Proclamada a República,
em 5 de outubro de 1910.
Link:
“Uma Viagem ao Dia do Regicídio”
:
https://www.youtube.com/watch?v=j0N9lKY_uao1
de fevereiro de 1908
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